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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mais um anjo.

Passamos um longo período de nossas vidas pensando no quanto podemos fazer o que quisermos sem sermos atingidos por nada, mas a vida é bem mais frágil do que se possa imaginar.

É tão difícil dizer adeus a alguém querido, quando não se tinha noção da gravidade da situação. É tão dificil lembrar das risadas e bordões de alguém completamente peculiar e insubstituível, é tão complicado entender.
O mais estranho é a sensação de que nada disso poderia estar acontecendo, não é justo. Lidamos muito mal com as vidas que perdemos e, quando infelizmente isso acontece, ninguém sabe o que fazer e o silêncio domina completamente nossas almas. São muitos corações que batem lentos, porém vivos, sofrendo a perda de um dos tantos elos que se uniam. Não posso dizer que faço parte do circulo mais íntimo dos olhos que choram e também fui pega de surpresa com a intensidade com que a notícia me atingiu.
A sensação de nó na garganta, de peso no estômago e as lembraças intermináveis que passam como um filme em nossas cabeças, não nos deixando dormir, não nos fazendo pensar em mais absolutamente nada. A gente só se dá conta de que não é imortal, quando os amigos começam a morrer e quando um amigo morre, uma parte de nós morre também.
Pra morrer basta estar vivo, mas pra aceitar a morte é preciso muito mais do que alguns anos de idade.

Vai em paz, Rafael.

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