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domingo, 29 de agosto de 2010

Viver de mentiras.


Eu sempre achei que seria insuportável pensar em você com outra pessoa, mas hoje eu pude perceber que estou morta. E cadáveres não sentem dor.
A vida é que é dificíl em meio a seus devaneios e confusões, a morte não, ela é calma, serena e, honestamente, mais tranquila.
Eu te quis TANTO, mas TANTO que chegava a doer, e você me fez sofrer TANTO, mas TANTO que talvez meu coração nunca mais seja o mesmo. Ainda assim eu sei que se houvesse alguma beleza no imenso vazio ao redor de Deus, seria você.
Não que eu tenha me acostumado á idea de ser feliz, mas tudo parecia tão bem! Há algumas horas atrás você me falava de recomeços para nós dois, sem mentiras ou traições e agora... isso.
Sei que não tenho o menor direito de te exigir nada, mas lembra quando você disse que a pior coisa do munso era me imaginar com outro alguém? Agora você sabe exatamente como eu me sinto.
Eu voltei para casa andando pelas ruas desertas sob e fina chuva que caía, sem me importar com cabelo, roupas ou maquiagem, me distraí pensando em você e no quanto seria bom se estivesse comigo, mas não estava.
Ás vezes acho que nada sabes sobre mim. Eu não sou um ursinho, tampouco um mínimo roedor que fica á sua volta buscando comida, não mais. Hoje eu pensei muito em você, no seu rosto e até pude sentir teu gosto doce de noite ébria em meio ao resfolear das árvores, mas eu soube que estava sozinha. Sozinha no sentido mais amplo da palavra, porque ainda que estejamos longe, te sinto perto o tempo todo, mas hoje não.
Honestamente, passei a noite toda vagando pelo salão, observando as expressões de meus colegas entre um gole e outro de vodka, todos pareciam felizes, menos eu.
Para mim sempre falta alguma coisa, uma presença ou um par de olhos amarelos.

Nessa noite ébria eu já estava no chão, você só deu o golpe fatal.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Estou bem, obrigada.



Existe alguém em mim que quer falar tudo que acha que sente. Quer dizer que faz qualquer coisa pra te ter ao lado todo dia à noite. Esse alguém te quer. Existe alguém que duvida. Duvida do que tu sentes e, justamente por isso, não diz o que sente. Ele não diz, e te faz achar que ele não sente nada por ti. Esse alguém te gosta muito. Existe também alguém que ferve. Alguém que ignora todo o sentimento, pois espera a cada esquina por algo melhor, algo que nunca aparece e que o faz permanecer nessa incessante busca. Esse alguém não vive sem ti.
Eu jamais pediria desculpas por fazer tudo ao contrário. Se continuamos a dividir a mesma calçada, com a diferença de hoje adotarmos sentidos opostos, é porque eu caminhei rápido o bastante para chegar naquela esquina e perceber que não quero e não preciso atravessar a rua. Já me deixei atropelar por carros imprudentes e caminhões sem freios para hoje saber que, de escoriações e feridas, vou muito bem, obrigado. Portanto, já que é inevitável o nosso cruzar de olhares e caminhos, peço que tenhas a boa vontade de fazê-lo da forma menos chata possível.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Hoje.

Hoje eu acordei meio. Meio minha, meio sua, meio de ninguém.
Hoje foi o típico dia em que, sentindo-me pela metade, manquei até você na esperança de estar completa de novo. O engraçado é que você jamais percebe ou identifica esses dias, aqueles em que eu preciso de amor em dobro, de carinho ao cubo e atenção elevada á quarta potência. E assim que eu chego de fininho, quase lambendo sua mão e colocando a cabeça embaixo para que você afague, ou você me dá um tapa, ou levanta e sai.
Cada um acredita no que quer, eu sei, mas ainda assim acho uma santa ignorância da sua parte acrditar em qualquer um, mas sempre ter os dois pés atrás comigo.
Sabe qual é um dos maiores problemas em te amar? Quando eu mais preciso, você me pede pra nunca mais ligar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Did you hurt


I've been waitin my whole life
For a someone like you
To go and pick me up
And take away my blues
It's been one hell of a year
In my own shoes
But I got some questions for you

Did it hurt when you fell from heaven?
Did it hurt just to know I was right here awaiting
Did you know? Did you know?
It was love from the first time we touched.

I've been waiting my whole life
For a someone like you
To go and steal my heart
Just the way you do
It's been one hell of a year
Here a waitin on you
So I got some questions for you

Did it hurt when you fell from heaven?
Did it hurt just to know I was right here awaiting
Did you know? Did you know?
It was love from the first time we touched.

Did you hurt - Never Shout Never.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

The heart never lie.


Na minha mente eu sempre tenho você, as lembranças dos seus olhos nos meus refletindo o sentimento mútuo que nos invade sempre que estamos juntos.
Seus pensamentos já me enganaram muitas vezes e seus olhos amarelos já evitaram os meus, que sempre te descobrem, tantas outras, mas meu amor, o coração nunca mente.
Tantas vezes já chorei a plenos pulmões, ante todos ao meu redor e tantas outras já me sufoquei em um banheiro qualquer, envergonhada pela minha insistência em te amar tanto.
Quem corre atrás porque quer, nunca cansa e por mais confuso que seja para você me amar, quando seus olhos fecham antes dos meus perante seu coração acelerado, eu tenha uma única certeza na vida: é recíproco.
Tanto tempo já passou, tantos beijos, tantos abraços, tantas madrugadas ébrias entre nossas lágrimas - mais minhas do que suas - e o cansaço jamais bateu á minha porta. Talvez seja seu sorriso lindo, suas palavras medidas ou o ponto de luz que sempre vejo sobre seu ombro esquerdo que não me deixaram te esquecer.
São as palavras nunca ditas e as ofensas que você tanto mereceu ouvir quando tudo o que eu conseguia era chorar. É a nossa vida, minha maturidade completando suas brincadeiras, meu senso de direção ante suas aventuras que hoje já não me parecem mais tão vís e dissolutas como antes. Eu te esperei todos estes meses junto á dvd's que assistimos juntos, minha coleção de meias-calças e suas palavras nem sempre tão gentis.
Ás vezes paro para pensar no quanto o destino é calculista: e se eu não tivesse iso á padaria naquela noite de verão?
Provavelmente não teria sofrido tanto, tampouco crescido tanto, amado tanto, não teria sido tão feliz.
E nesse meio tempo a gente vai por aí se completando e escrevendo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, nunca teriam se cruzado.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Domingo foi dia dos pais.


Meu décimo sétimo dia dos pais junto do meu velho começou conturbado. Acordei cedo no domingo, de ressaca e exausta, enfrentei quilômetros de viajem pra chegar e te ouvir dizer que, por você, nem precisávamos ter ido. E o suéter que te levei de presente, você ao menos experimentou, foi embora sem dizer uma única palavra.
Talvez você não tenha percebido que tem uns dezessete anos que eu tento entrar no seu mundinho autista e arrancar de você um mísero elogiu, por mais medíocre que seja, ele nunca veio. Já se deu conta que, em todos estes anos, você só colocou suas mãos sujas em mim para me machucar? Não se lembra, por um acaso, de todas as marcas que deixou no meu corpo a cada surra que me deu? As que ficaram por dentro demoraram mais para cicatrizar, eu garanto.
Pai, por que tanta raiva contida dentro de você? Não entendo sequer uma palavra de todas as que profere, não sei como te fazer sorrir, não sei como te agradar, não sei mais o que fazer. E tem dezessete anos que tento reverter essa situação. Me dar casa, comida e tudo o que o seu dinheiro pode comprar não resolve o vazio imenso que existe dentro de mim, essa dor que dói no peito cada vez em que eu vejo outros pais e filhas é o frio da tua ausência, do seu status sempre ocupado.
Eu nunca conversei com você. Nunca consegui manter um diálogo civilizado por mais de cinco minutos e as raras expressões de afeto que você teve por mim na vida, não significam muito diante de todas as lágrimas que me fizeste derramar, com as mãos ou com as palavras.
Você me odeia por não ser igual a você, por ter a capacidade de amar um pouquinho mais, sorrir um pouquinho mais, ser um pouco mais flexível. Mas e aí dentro o que tem, pedra ou coração? Não sei se é ciume, mas você passou a me odiar um pouquinho mais quando me apaixonei pelo cara que você não queria, mas saiba que ele é melhor do que você, porque apesar de todas as mancadas, ele sempre teve a sensibilidade de me abraçar quando eu mais precisei.
Eu não entendo como você não percebe o quanto foi difícil pra mim conviver com alguém de quem eu morria de medo quando criança, mesmo tentando timidamente me aproximar, como um cachorrinho que chega perto do dono e coloca a cabeça embaixo do seu pé, numa tentativa desesperada de ganhar carinho. Você não tem noção do quanto foi desesperador pra mim, no auge dos meus nove anos saber que dentro de poucas horas, em uma manhã solitária, você estaria entrando numa sala de cirurgia de onde corria grande risco de não sair mais. Talvez todo o afeto, todo o carinho, todas as minhas tentativas tenham passado despercebidas através da grossa lente do seu óculos, mas quando você quase morreu, eu tive medo de te perder.
Não sei se algum dia você vai olhar pra trás e ver que eu não sou mais tão pequena para apanhar e nem tão grande para conseguir, finalmente, te ignorar como minha irmã faz, mas pai, só queria te dizer que até nos meus erros mais imperdoáveis, eu te amei a cada segundo da minha vida.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Hoje acordei e percebi que estava mais frio do que de costume, era a ausência do seu abraço quentinho e do seu sono tranquilo. Cada vez que você se vai, leva um pedaço de mim, sem dó nem piedade parte com metade do meu coração, ou com a minha Pokebola, como costuma brincar.
Mas, meu amor, que o tempo passe devagar enquanto eu te fizer sorrir, porque é o que me basta para ser feliz. Acordar de manhã e te ver dormindo agarradinho em mim, com o sono tranquilo, como se eu pudesse te proteger de todos os males do mundo. Despertar de madrugada só pra chegar mais perto e ouvir seu coração bater calmo e sereno, tranquilo como a madrugada.
Olhar para você atravessando a rua com aquela mala enorme e ter que entrar no carro para ir ver que não fazia a mínima questão de mim foi bem mais difícil do que pensei, sua imagem, seu sorriso, seus olhos amarelos vinham á minha mente como uma mordida cruel no meu coração. Há, meu baby blue, se eu pudesse te roubar pra mim e viver eternamente no mundinho paralelo em que eu me encontro quando estamos só nós dois abraçados no sofá assistindo Harry Potter, eu o faria sem a menor pena daqueles que ficariam sem ti.
Fiquei com o coração na mão por não poder ir com você, te cuidar enquanto você estivesse dodói, segurar sua mão antes de entrar na sala de cirurgia. Quero estar contigo pra sempre, sem mais distâncias, sem mais intrusos, sem mais ninguém. Só nós dois e um bom filme no dvd.
Depois que você se foi eu descobri porque solidão se escreve no aumentativo.