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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Carpe Diem

A vida foi passando diante dos meus olhos enquanto eu esperava incansavelmente que o afeto por mim virasse amor e crescesse, florescesse e se transformasse em algo próximo do que eu sentia, mas não aconteceu.
Durante muito tempo você confunde o seu sentimento com o da outra pessoa, mas é somente na hora das provações mais severas que se vê com clareza o que é amor e o que não é. Porque a diferença entre amor e carinho é exatamente o ponto até onde você está disposto a ceder pela outra pessoa, perdoar, aceitar e conviver com seus erros. O amor perdoa até as maiores atrocidades, enquanto o carinho é egoísta, nada perdoa e sempre se vinga, para o carinho, tudo é subistituível.
Deois de alguns dias difíceis, percebi que o pseudo amor que me tinham não passava de uma quantidade ridícula de um desejo carnal que pode ser suprido por qualquer coisa que tenha o mesmo que eu no meio das pernas. Percebí que eu era como um bichinho de estimação ou um carro zero quilômetro: só tem valor para o seu primeiro dono enquanto ninguém mais tocar. E não é isso que eu quero para a minha vida.
Muito tempo se passou enquanto eu estava sentada no chão frio do meu quarto escuro, chorando que nem criança e me perguntando o motivo de você não acreditar em mim e, mesmo que fosse verdade, o motivo por não me perdoar depois de todas as coisas pelas quais passei por cima e engolí, tudo por você. Daí volta a questão da diferença entre o amor e o afeto.
Passa a vida, passa o tempo, sopra o vento e eu sei o que devo fazer de mim. Esse é o novo mundo que escolhi: sem amor, sem glória, sem heróis no meu céu. Demorei tempo demais para perceber que o grande amor da minha vida sou eu.

"Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off you"

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A melhor irmã do mundo.


Hoje a melhor irmã do mundo está de aniversário. Mais uma primavera daquela que não é a melhor por ser a mais responsável, nem a mais cuidadosa, simpática e interessada, mas por estar sempre ao meu lado.
Ela não é carinhosa, não é de abraçar pra chorar nem de sorrir o dia todo, ela é minha. Ela foi, por muitos anos minha irmã/mãe, cuidou do meu joelho machucado e do meu coração partido, chorou as minhas lágrimas e sorriu a minha felicidade. Ela é invencível, intocável, incomparável. É minha irmã.
Minha mentora desde que me conheço por gente, quem me ensinou basicamente tudo o que eu sei e me viu errar muitas e muitas vezes sem julgamentos maiores. Me acobertou e me carregou para as maiores loucuras, me apresentou a lisergia, fez da minha vida a mais doce que existe. Minha irmã não é só uma irmã, é um suprassumo de mulher que não se deixa abalar por nada nesse mundo, o que sempre me causou inveja.
Não só é de uma beleza indiscutível, mas de um coração incomparável, que me carrega desde que nasci.
Com ela foi meu primeiro porre, meu primeiro tombo, meu primeiro sorriso, com ela eu aprendi a viver de verdade e a ver a intensidade que isso tem. Minha irmã, minha melhor amiga, a mãe presente que eu não tenho, o amor da minha vida.
A lasanha, o sorvete e o passeio no parque que eu dei a ela hoje não são nada comparado a todos os presentes que ela já me deu, presentes que guardo comigo a cada instante da vida.
Quando ela se foi a saudade quase me esmagou, mas agora que vivemos juntas outra vez, eu prometo protege-la como ela me protejeu, ama-la como ela me amou, cuida-la como ela me cuidou. Tentar fazer tudo o que ela fez por mim, ainda que eu saiba que nunca na vida vou poder retribuir quem me ensinou a viver.

Parabéns, Nicoli, eu te amo.