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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Overtheyears


Lembra quando você me mandou certa musica uma vez que dizia "Me desculpe pelas noites em que eu deixei você mal, Agora tudo o que se tem para ver é que eu voltei a ser o rapaz pelo qual você se apaixonou e não aquele canalha que só te faz mal"? Faz mais de quatro meses.

Eu acreditei em cada palavra que você falou, cada história, cada pedido de desculpas, cada "não vai acontecer outra vez". E mesmo que se repetisse de novo e de novo, sempre confiei nas suas lágrimas, até que as minhas se esgotassem. E agora? Agora eu posso dizer que sei exatamente onde fica o fundo do poço e, sinceramente, o abraço da Samara até parece aconchegante.
Quase te fiz sofrer, quase me fiz sofrer, quase coloquei outra pessoa inocente na nossa história, só para te atingir. Você. Você que pouco se importa e que as vezes me odeia, se odeia e odeia todo o mundo.
Por você eu larguei tudo, abri mão de tudo, gastei minhas lágrimas, meus tênis, minha beleza e minha sanidade. Hoje, depois que você se foi com a promessa de arrumar alguém para si, depois de chorar minhas piores lágrimas, aquelas que vem do sangue por falta de água no corpo, eu vomitei minha alma, sinal do meu fracasso.
Bebi meus sonhos que, por um momento, imaginei estarem no fundo de um copo de vodka e consumi até minha garganta arder aquele com a borda preta que diz "cool strip".
Não consigo dormir, nem comer, nem me mexer. Não sei se está frio ou calor, o que eu sei é que dentro da sua camiseta faz uma temperatura de saudade que me consome. Por que eu sempre tenho que ser a culpada? Dói muito mais em mim do que em você, pois eu sempre acho que minha responsabilidade é maior, meu medo é mais intenso e sua raiva não vai passar.
Há muito não sei da sua vida, talvez há muito eu não faça mais parte dela e você esqueceu de me contar.
Sabe o que é patético? Me ver aqui deitada, vestindo suas roupas, sujando o urso que você me deu com maquiagem e, sim, chupando meu dedão como quando eu tinha seis anos.
Deve ser o álcool. Tantas vezes já pensei em me matar por sua causa, seu estúpido, chega a um ponto em que a morte parece tão mais fácil... eram oitenta e quatro no dia daquela formatura em que a Kelly dormiu lá em casa. Eu teria tomado se ela não tivesse me impedido.
Não sou boa pessoa para ninguém além de você. Dezessete anos, com uma ficha de dar inveja em qualquer esquizofrênico e um amor que é tanto que chega a não ser.
Já pensou que talvez, só talvez, eu precise de você mais do que preciso de mim? Como é que não percebe que eu morro, sumo, fico offline quando você não está? Eu te amo, criatura, não preciso de mais nada se te tiver aqui comigo. Ao longo dos anos eu aprendi que um dia você vai ser de novo o cara que eu conheci, descobri que de todas as pessoas do mundo você é unico, ao longo dos anos eu aprendi que você é a minha úncia excessão.

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